SOFRIMENTO
O sofrimento, funcionando como processo compulsório de purificação humana, nos mundos físicos, serve apenas para os espíritos distantes da consciência espiritual. Os recursos patológicos são canais drenadores das "toxinas psíquicas", que ainda se incrustam nos veículos sutis da alma, como sejam as impurezas produzidas pelo ódio, ciúmes, desatinos, luxúria e outros desvios morais tão comuns nas existências humanas desarmonizadas. As chagas, tumores, neuroses, hipertrofias, úlceras, cânceres, etc., resultam da causticidade que o veneno psíquico produz na intimidade extramaterial do corpo astral. A cura se processa na "descida", na "congelação" dessa carga peçonhenta, drenando-a para o campo material, que é o seu verdadeiro correspondente vibratório. A matéria funciona como "fio-terra" e absorve, na manifestação patológica, o quimismo cruciante que ainda oprime e afogueia o espírito aflito. A lepra, repulsiva e dantesca, nada mais é que a terapia espiritual de urgência, que a alma pecadora, ansiosa por se reabilitar, requereu à direção divina, para expurgar o tóxico aniquilante que lhe penetra em todos os interstícios perispirituais. Alucinada, vagando em pungente angústia no tráfego das esferas invisíveis aos sentidos físicos, submersa e oprimida num casulo de magnetismo impuro, coercitivo e atroz, brada aos céus pelo socorro ou tratamento generoso da dor. Tratando-se de alma equilibrada e emotivamente sadia, dispensa essa rede de "canais drenadores" do psiquismo desvirtuado, assim como a veste imaculada prescinde de sabão cáustico para a extinção das nódoas.
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